10 março 2016

Resenha : Holy Cow - David Duchovny

Livro : Holy Cow
Autor : David Duchovny
Editora : Record
Edição : 2015
Páginas : 208
Sinopse : 
Uma aventura irreverente e itinerante com muita personalidade, e uma heroína quadrúpede que você não vai esquecer tão cedo. Elsie Bovary é uma vaca muito feliz em sua bovinidade. Até o dia que resolve sair sorrateiramente do pasto e se vê atraída pela casa da fazenda. Através da janela, observa a família do fazendeiro reunida em volta de um Deus Caixa luminoso – e o que o Deus Caixa revela sobre algo chamado “fazenda industrial” deixa Elsie e tudo o que ela sabia sobre seu mundo de pernas para o ar. A única saída? Fugir para um mundo melhor e mais seguro. Assim, um grupo para lá de heterogêneo é formado: Elsie; Shalom, um porco rabugento que acaba de se converter ao judaísmo; e Tom, um peru tranquilão que não sabe voar, mas que com o bico consegue usar um iPhone como ninguém. Munidos de passaportes falsos e disfarçados de seres humanos, eles fogem da fazenda e é aí que a aventura deles alça voo – literalmente. Elsie é uma narradora marrenta e espirituosa; Tom dá conselhos psiquiátricos com um sotaque alemão um tanto forçado; e Shalom, sem querer, acaba unindo israelenses e palestinos. As criaturas carismáticas de David Duchovny indicam o caminho para um entendimento e uma aceitação mútuos dos quais esse planeta tanto precisa.
Quando eu vi esse livro, me interessei de cara porque, pela premissa, parecia uma história super divertida e original. E sim, minhas expectativas foram atendidas! E mais do que isso, eu amei Holy por ser uma obra que marca o leitor, passando várias mensagens importantes. A narração é em primeira pessoa, pela vaca protagonista Elsie, que narra sua aventura com o pavão Tom Turquia e o porco Shalom. Os três partes em uma viagem super maluca para o Oriente Médio, onde cada um dos bichos quer morar em um país. Elsie quer viver na Índia, já que, depois que descobre que as vacas da fazenda onde morava viravam carne, despertar um desejo de se sentir bem tratada, já que lá ela é sagrada. Tom quer ir a para a Turquia e Shalom, que enfrenta o desafio de ser um porco judeu, e que tem o sonho de morar em Israel. O livro tem o conceito genial de que sua narradora apenas o escreve para Hollywood o transformar em filme. Ah, e adivinha qual atriz a vaquinha Elsie quer que a interprete? Jennifer Lawrance! Enfim, gente, é super leve e gostoso de ler, devorei muito rápido e, depois de finalizar a leitura, percebi que iria levar ensinamentos importantes de Holy Cow. Ao longo da história são mostrados vários temas atuais, como o carnivorismo, as guerras entre religiões e a superação. Abaixo segue um trecho que eu gostei bastante :

''Vocês, humanos, bebem o nosso leite e comem os ovos das galinhas e das patas. Isso já não é suficiente? Não é suficiente darmos a vocês nossas crianças e o que seria destinado a nossas crianças? E se não é, quando será? Tudo que vocês, humanos, fazem é pegar, pegar, pegar da Terra e de suas criaturas magníficas, e o que dão em troca? Nada. Sei que os humanos consideram um insulto grave ser chamados de animais. Bem, eu nunca daria a um humano a honra de ser chamado de animal porque os animais podem até matar para viver mas não vivem para matar. Os humanos vão precisar reconquistar o direito de ser chamados de animais''.

Não tem como dar outra nota a não ser 5/5 para esse livro. Aliás, entrou para minha lista de favoritos ;)

2 comentários:

  1. Ai meu deus Dan, que livro maravilhoso! ❤
    Quando recebi ele, estava imaginando que seria só uma história engraçadinha sobre as aventuras de uma vaca e seus amigos animais.
    MAS NÃO! Pela sua resenha pude perceber que é muito mais profundo que isso!
    Estou muito animada pra ler o meu!
    Sua citação foi a melhor e acho que eu não poderia escolher uma que descrevesse melhor a essência do livro!
    Adorei seu blog!
    Beijos!

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  2. Poxa, ontem dei este livro para uma resenhista do meu blog, não sabia que era tão bom. A Resenha me lembrou um dos meu livros prediletos "A Revolucao dos Bichos de George Orwell", enfim, deve ter ensinamentos muito interessantes.
    Abraços,

    Gisela
    Ler para Divertir
    Participe do Sorteio do KIT Jovens de Elite

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